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Os livros da minha vida

Pouco tempo atrás rolou uma brincadeira bem legal no Facebook, em que a pessoa precisava listar os dez (ou mais) livros e filmes que marcaram sua vida. Resolvi trazer essa lista para o blog e decidi começar pelos livros. O que me espantou é que, apesar de gostar muito de ler e de ter uma pilha enorme de obras lidas em casa, eu não tenho muitas opções para colocar entre os melhores – sinal de que ainda tenho muita coisa para ler. Outro item que me chamou atenção é que a maioria dos livros que eu pensei é de mulherzinha, o que é bem óbvio porque quase não leio outro gênero. Mesmo assim, vale a pena dar uma nos que foram selecionados:

Casório (Marian Keyes)

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Foi o primeiro livro da Marian Keyes que eu li e, mesmo depois de anos, continua sendo o meu favorito dela. Tudo porque rolou uma super identificação com a Lucy, protagonista da história. Até hoje, não encontrei nenhuma personagem que fosse tão parecida comigo quanto ela. Lembro que minha mãe foi a primeira a ler Casório e disse que só pensou em mim enquanto descobria as aventuras de Lucy. Ela começa o livro indo a uma cartomante com as amigas do trabalho (coisa que eu faria), que lhe diz que ela vai se casar em breve. Esse fato é suficiente para fazer com que toda sua família ligue para saber da suposta novidade, já que ela é solteiríssima e não tem a menor chance de se casar (isso também aconteceria fácil fácil comigo). No meio do livro, ela conhece um cara legal por quem ela se apaixona, mas que não vale muito a pena (quem nunca passou por uma situação dessas, não é?). Com direito a algumas frases que eu poderia dizer a qualquer momento, como o “não, não tenho” quando perguntam a Lucy se ela não tem amor próprio, o livro foi uma verdadeira delicinha para mim. Espero terminar linda e feliz como a Lucy. Quem sabe?

Menina de Vinte (Sophie Kinsella)

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Descobri esse livro há uns quatro anos, em um período de crise. Estava em um daqueles momentos em que você não encontra felicidade em nada e decidi comprar esse livro para conhecer a autora. Não só conheci como amei. Lembro de passar a tarde toda lendo a história de Lara, que é assombrada pelo fantasma de Sadie, sua tia avó de 75 anos. É uma trama bem gostosinha e ideal para quem tem esse espírito de menininha, porque fala de assuntos que todas nós gostamos (relacionamentos, amizades, trabalhos e até mesmo moda). E foi graças a ele que eu comecei a me animar e ver minha vida de outro modo. Em uma parte do livro, Lara está tão desesperada para voltar com o ex-namorado que pede para sua tia convencê-lo da ideia. De certa forma, é cômico porque ele não vê o fantasma, mas começa a pensar na ex de uma hora para outra. Eles até retomam o namoro, mas ela percebe que aquilo não é natural e que ele não gosta dela de verdade (um mega ensinamento pra todo mundo, vai?). Hoje não sei se é o meu favorito, mas é guardado com muito carinho por ter sido muito especial. Daqueles que dá um ciuminho só de pensar em emprestar para alguém.

Toda a série da Becky Bloom (Sophie Kinsella)

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Depois de ler Menina de Vinte, resolvi ler todos os livros da Sophie. Não sei bem o porquê, mas acabei deixando a série da Becky Bloom para o final da lista. Li o primeiro e achei ok, mas aí li o segundo (Delírios de Consumo na 5ª Avenida) e percebi que eu estava completamente encantada pela personagem-título. A Becky é tão verdadeira que mais parece nossa melhor amiga. E digo mais, toda menina se acha parecida com ela. Eu tenho a mesma vontade de entrar na loja “só para dar uma olhadinha” e sair com mil sacolas “porque poxa, estava na promoção e não dava para ignorar um preço tão bom”. Tenho também a mania de saber de alguma coisa e já criar uma história mirabolante em cima do fato. Basta a Becky descobrir que vai conhecer uma personalidade para imaginar que será melhor amiga da fulana e que as duas farão compras juntas. No fim, dá tudo errado e ela nem chega a ver a pessoa. Ela é engraçada e até um pouco louquinha, mas me faz feliz de uma forma tão linda. O mais bacana de tudo é saber que a série não acabou. Já contei que o novo livro vai chegar no Brasil logo logo. Mal posso esperar!

Toda a série O Diário da Princesa (Meg Cabot)

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Já contei em pelo menos dois posts da minha paixonite por essa série. Assim como a Becky Bloom, a Mia é outra personagem que eu queria que fosse real. Assisti primeiro ao filme e comprei o livro meses depois para então descobrir que a saga escrita é mil vezes melhor do que a cinematográfica. E o mais engraçado é que a própria Mia tira sarro do filme no quarto volume (se não me engano) com direito a frases do tipo: “eu jamais moraria em São Francisco. Nova York é muito mais legal”. Quando o primeiro livro chegou, em 2002, eu tinha 14 anos e a Mia também. Nós praticamente crescemos juntas e passamos pelas mesmas coisas. Ficava enlouquecida quando ia à livraria por acaso e descobria que tinha uma nova parte da história para ler. Até que cheguei ao décimo volume e, logo de cara, li que seria o último. Bateu uma tristeza tão grande que eu li o livro todo com clima de nostalgia. Era 2009 e eu estava a poucos meses de me formar na faculdade, assim como a Mia estava prestes a se formar no colégio. Fora que nós duas amamos escrever, fazemos listas do que devemos ou poderíamos fazer e temos outras manias em comum. Talvez um dia a Meg Cabot resolva continuar a saga. Eu ficaria muito feliz!

Como Eu Era Antes de Você (Jojo Moyes)

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Também já falei sobre ele. Conheci a Jojo no ano passado, quando ganhei um vale-presente da Livraria Cultura de aniversário e troquei pelo livro A Última Carta de Amor. Uma amiga estava lendo Como Eu Era Antes de Você na mesma época. Lembro de terminarmos nossas leituras praticamente ao mesmo tempo. Ela me perguntou se eu tinha chorado e eu disse que sim, mas de emoção. Ela me respondeu que, no caso dela, tinha sido de tristeza. Pronto, queria ler o livro dela também. Comecei achando bom, mas aí acabei me viciando tanto que não conseguia mais largar. Matei o final na metade do livro e só por isso tinha certeza de que não iria chorar. De fato, aguentei firme até a última palavra escrita. Mas aí fechei o exemplar, comecei a pensar em tudo que tinha lido e chorei feito doida. Não me identifico com a Lou, nem com o Will, mas digo com toda a certeza que foi o livro mais lindo que eu já li na vida. Desde então, tenho um carinho gigante pela Jojo. Ela tem a capacidade de pegar uma história simples e transformar em algo que nos ensina de várias formas. Quero ver como vai ser no próximo livro dela, que será lançado em breve por aqui.

Querido John (Nicholas Sparks)

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Esse não é nem de longe o meu livro favorito, mas veio em um momento de crise na minha vida. Não tinha nada para ler, mas sabia que muita gente tinha gostado de Querido John. Isso tudo aconteceu na mesma época em que o filme baseado na obra estreou, então não se falava sobre outra coisa. Li o resumo, pensei “ih, será que eu vou gostar?” e comprei mesmo assim porque queria ter a minha opinião. Comecei e me vi tão encantada pela história que passava o dia todo contando sobre os capítulos para minha mãe. Depois dele comprei todos os livros do Nicholas Sparks. Hoje, eu estou um pouco enjoada dele. É sempre a mesma história, os mesmos acontecimentos, o mesmo final e eu já nem choro mais. Mas Querido John foi o primeiro dele que eu li e também é guardado com muito carinho por ter me ensinado muita coisa. O engraçado é que eu só percebi isso anos mais tarde.

Toda a série Harry Potter (J.K. Rowling)

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Ok, vai ser polêmico: não sou fã. Não tenho todos os filmes. Não lembro o nome de muitos personagens. Já esqueci de muita coisa que aconteceu ao longo da série. Não pirei nem quis comprar varinhas, cachecol e outros acessórios (com exceção das corujas) quando fui no brinquedo dele em Orlando. Mesmo assim, não dá para deixar de incluir a saga nesta lista. Acontece que Harry Potter representou muito para a minha geração (a dos nascidos no final dos anos 80 e começo dos anos 90). Nós estávamos começando a ficar conhecidos como crianças que não liam e preferiam ver televisão quando o primeiro volume lançou. Era 2000, eu tinha 12 anos e minha mãe me deu de presente porque tinha visto em algum lugar que era muito bacana. Li as 50 páginas iniciais e desisti. Até que saiu a segunda parte e eu fiquei muito curiosa para saber o que iria acontecer, então fiz uma segunda tentativa e acabei ficando viciada. Foi uma verdadeira revolução. Todo mundo contava nos dedos a data do próximo lançamento. Essa febre toda, para mim, durou até o quinto volume. Já tinha 15 anos e comecei a pegar um certo bode da história. Li as duas últimas partes com muita preguiça e até hoje achei aquele final bem mequetrefe. Mas foi – e ainda é – muito importante para todos nós.

0 resposta em “Os livros da minha vida”

Camila, tambem amo esse tipo de livro, e descobri que o Sophie Kinsella tem mais um MONTE de livro publicado sob o nome de Madeleine Wickham. Quem tambem tem livros bem legais nessa linha são a Rainbow Rowell, Stephanie Perkins (personagens na faixa etária da Mia), Lian Dolan e a Maria Semple (Cade Voce, Bernadette? é uma gracinha!!). Espero que tenham sido boas dicas.

Oi, Nathalia!
Eu sabia que a Sophie tinha lançado esses outros livros, mas já li várias resenhas falando que não são muito bons. Você já leu algum? Muito obrigada pelas dicas. Adoro quando recebo indicações assim. Já estão todos na minha listinha. Depois te conto o que achei 🙂

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