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Dica de viagem: 10 dias na África do Sul

Olá, pessoal! Quem aí me acompanha no canal e nas redes sociais? Vocês devem ter visto que eu aproveitei minhas férias para conhecer um lugar que estava há tempos na minha wishlist: África do Sul. Sim, amores, passei dez dias lindos nesse país que já mora no meu coração. Postei várias fotos no Instagram e estou postando alguns vlogs semanais lá no canal, mas muita gente me pediu para contar mais detalhes da viagem. Como sei que este destino está em alta e que muitos brasileiros querem ir para lá, resolvi compartilhar meu roteiro com vocês. Espero que gostem!

Dia 1 – Ida ao aeroporto

Esse é um dia muito gostoso e cheio de expectativa. Eu acordo feliz quando sei que estou prestes a ir para o aeroporto. Aqui não tem muito segredo, mas vale lembrar que existem duas companhias aéreas que ligam o Brasil à África do Sul: LATAM (brasileira) e South African Airlines (sul-africana). As duas fazem o voo direto São Paulo – Joanesburgo, então, se você mora em outra cidade que não seja São Paulo, será preciso fazer uma conexão.

Programe-se para chegar com pelo menos três horas de antecedência para fazer o check-in, despachar as malas, parar para umas comprinhas no Duty Free (quem nunca né, gente?) e esperar para entrar no avião com calma. Ah, em tempo: escolhemos o voo da South African porque já estava no pacote que fechamos, achei que é uma companhia média, mas dá para encarar sem medo.

Dia 2 – Joanesburgo

Tem gente que chega em Joanesburgo e já embarca direto para a conexão até Cape Town (Cidade do Cabo). Nós preferimos passar uma noite por lá mesmo, já que é mais perto das reservas onde ficam os safáris. Joanesburgo é como São Paulo, não tem muuuita coisa para fazer, mas recomendo alguns passeios que mostram bastante sobre a história da cidade. 

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Descansamos a parte da manhã no hotel, já que a diferença de fuso horário para o Brasil é 5 horas a mais, ou seja, enquanto estamos acordando aqui, lá já é hora do almoço. Mesmo com o cansaço, minha dica é aproveitar a tarde para conhecer o Museu do Apertheid, um regime horrível que segregou racialmente a população da África do Sul por muitos e muitos anos. Depois, vale passar na casa do Nelson Mandela, um dos líderes do movimento de libertação desse regime, que fica em Soweto, um bairro mais afastado e humilde do centro. 

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Para terminar o dia, passe no Nelson Mandela Square, um complexo gigante com shopping e restaurantes. Fiz comprinhas incríveis na Forever 21 (uma das poucas que existem no país) e jantei no Hard Rock Cafe. Vale a pena!

Dia 3 – Joanesburgo – Hoedspruit

Ir para a África do Sul e não fazer um safári não tem a menor graça, não é mesmo? Essa era a nossa maior expectativa com a viagem, então optamos por fazer o safári logo nos primeiros dias de viagem. Acordamos em Joanesburgo, tomamos café e partimos ainda de manhã para o aeroporto da cidade para viajar até Hoedspruit (fala-se Rudsprut), onde fica a reserva dos animais. O avião é bem pequeno e de hélice, dá pânico em quem tem medo, mas a viagem é curtinha, dura 1 hora!

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Aqui, é importante levantar alguns pontos: a maioria das pessoas fica no Kruger National Park, mas nós ficamos no Kapama, uma reserva privada. Sinceramente? Não aconselho o Kruger porque é aberto, ou seja, qualquer pessoa pode entrar e, com isso, os animais ficam mais nervosos. Alguns hotéis, aliás, não são cercados e você precisa fechar as janelas para não entrar macacos e tal. Fiquem em reservas privadas que é beeeem melhor e vocês terão mais liberdade!

O aeroporto de Hoedspruit é minúsculo, mas fica do lado da reserva do Kapama (mais um ponto positivo), então, já fica um Ranger (motorista) com um jipe te esperando para levar ao hotel. Ficamos no Kapama River Lodge, que é o mais popular da reserva, mas não deve em nada, viu? Sobre o safári, é tão incrível que já vou logo pular para as fotos:

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Alguns itens importantes: são dois safáris por dia, das 6:30 às 9:30 da manhã e das 16h às 19h, ou seja, sim, você vai acordar muuuito cedo, mas o próprio hotel liga lá pelas 5:30 para te acordar (vale a pena, amiga). O jipe tem lugar para dez pessoas, então, provavelmente você vai com outras famílias. O grupo todo se forma no primeiro safári e vocês farão todos os safáris juntos, com o mesmo ranger e tracker (aquele cara que vai sentado fora do jipe caçando pegadas dos animais). JURO, É A COISA MAIS LINDA QUE EU JÁ FIZ NA VIDA! Façam que vocês vão amar (e quem puder, faça com o John, melhor ranger!).

Dia 4 – Interação com elefantes

Neste dia, acordamos mais cedo ainda para fazer uma interação com elefantes no hotel Camp Jabulani, que também fica dentro da reserva do Kapama. É frio, tem vento, mas você vê o amanhecer no meio da savana e ainda encontra uns bichinhos no meio do caminho. Chegando lá, alimentamos três elefantes, colocamos a mão dentro da língua deles e tiramos muuuuitas fotos. Conhecemos o Jabulani, elefante que dá nome ao hotel e que também serviu de inspiração para o nome da bola da Copa do Mundo de 2010, que rolou lá na África do Sul (quem não lembra do famoso bordão “Jabulaaaaaaaani”?).

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Como fizemos este passeio de manhã, não conseguimos fazer o safári. Voltamos para o café da manhã e tivemos algumas horinhas livres antes do almoço (eu aproveitei para entrar na piscina e tomar sol). Depois do almoço, descansamos um pouquinho, mas logo era hora do safári da tarde. Neste dia, vimos búfalos, girafas, zebras, um camaleão muito fofico e ficamos no meio de uma manada de elefantes gigantescos à noite. Lindo demais!

Dia 5 – Hoedspruit – Franschhoek

Tem gente que fica mais dias no safári, mas nós ficamos dois dias. Se você puder, recomendo ficar os quatro dias porque é algo viciante, a gente sempre quer ver mais animais livres, leves, soltos e na própria natureza. Como nosso voo era na hora do almoço, deu tempo de fazer o safári da manhã e foi maravilhoso porque conseguimos ver uma rinoceronte (que eu batizei de Chiquinha de tão linda), fechando assim, os Big Five: vimos os cinco animais mais difíceis de serem encontrados nos safáris da África do Sul – rinoceronte, leão, búfalo, elefante e leopardo. Fala se não é demais?

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Depois, fizemos as malas e partimos mais uma vez em um voo no avião minúsculo de hélice, mas desta vez ficamos quase três horas no ar e fomos até Cape Town. De lá, fomos de carro por quarenta minutos até Franschhoek (fala-se Franschuk), uma cidadezinha muito acolhedora que fica aos pés das montanhas e é conhecida por abrigar algumas das melhores vinícolas da região. Porque ir para a África do Sul e não beber vinho é o mesmo que ir até lá e não fazer um safári, não é mesmo?

Dia 6 – Vinhos, vinhos e… vinhos!

Nos hospedamos em um hotel lindo chamado Leeu House e fomos muito paparicados lá, mas saímos logo cedo em um tour para conhecer duas vinícolas. Paramos na Boschendal, um lugar maravilhoso com um jardim imenso e um local estratégico para fazer uma degustação. Eu não entendo praticamente nada de vinhos, mas juro que foi difícil escolher qual deles era melhor. 

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Depois, fomos de carro mesmo rapidinho até Stellenbosch, outra cidade conhecida pelos vinhos e por abrigar a melhor faculdade do país. De Franschhoek, a viagem dura meia hora, então deu tempo de parar no meio do caminho em outra vinícola bem luxuosa. Em seguida, almoçamos no La Motte e super recomendo porque a comida é maravilhosa. O menu é fechado e eles trazem todos os pratos em porções generosas para você dividir com a sua família. Sobrou ainda um tempinho para passear na principal rua da cidade, onde dá para comprar artesanatos e coisinhas fofas.

Dia 7 – Franschhoek – Cape Town

Nosso transfer para Cape Town era na hora do almoço, então deu tempo de conhecer mais uma vinícola (sim, viciamos) antes da viagem. Nem precisei de dois minutos para me apaixonar por Cape Town, gente! Chegamos em uma segunda-feira, céu azul, e a Table Mountain, a montanha que funciona como principal ponto turístico da cidade e que tem esse nome por ter uma forma de mesa, nos recebeu de braços abertos. Dá para subir até o topo dela e, como ela fecha em dias de chuva e vento, aproveitamos para deixar as malas no hotel e já fomos até a montanha.

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Subir na Table Mountain foi o passeio mais lindo que eu já fiz na vida, juro! As paisagens são de tirar o fôlego e dá tranquilamente para passar o dia todo lá em cima. Uma coisa que eu gostei demais é o chão do bondinho que leva a gente até lá é giratório, então todo mundo tem a chance de ver a vista de todos os ângulos. Sensacional! Foi um dos melhores dias da viagem e nós jantamos no Nobu, um restaurante japonês famoso que fica na região do Waterfront, recomendo muito para quem gosta desse tipo de comida.

Dia 8 – Cabo da Boa Esperança + Praia dos Pinguins

Visitar o Cabo da Boa Esperança é mais um passeio obrigatório de quem vai para a África do Sul. Para quem não sabe, é o ponto que marca a junção dos oceanos Atlântico e Índico e muito conhecido por ser uma região brava na época das viagens dos navegadores europeus. Fica a algumas horas de Cape Town, então, recomendo fechar um transfer. Começamos parando em Cape Point, depois fomos para o Cabo da Boa Esperança. Prepare a câmera porque as paisagens também são maravilhosas.

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Depois, peça para ir até Boulders Beach, a praia habitada por… pinguins! Isso mesmo, os pinguins africanos são os únicos que podem pisar na areia e entrar no mar lá, nós passamos por uma ponte bem grande para ver esses bichinhos de perto. Eles amam tomar sol, nadam e pulam onda exatamente como a gente. Fora que é cheio de filhotinho, é fofo demais!

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Na volta, nossa guia fez um caminho inesquecível pelas praias e, mesmo assim, deu tempo de fazer uma paradinha no Victoria Wharf, shopping localizado dentro do Waterfront, onde ficava nosso hotel, e fazer umas comprinhas. Fomos muito lá, então já já conto mais!

Dia 9 – Robben Island

Mais um passeio que eu gostei muito de fazer: visitar Robben Island, a ilha onde fica a prisão que abrigou Nelson Mandela durante os anos terríveis do regime do Apertheid. Você precisa comprar logo que fecha a viagem porque as balsas ficam lotadas. Pegamos a balsa das 11h no Waterfront e partimos em uma viagem de 40 minutos em alto-mar até a ilha. Balança bastante, mas a vista é maravilhosa. Você ri e se diverte ao mesmo tempo!

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Ao contrário do que eu pensava, a ilha abriga muito mais do que a prisão. O passeio envolve entrar em um ônibus e dar uma volta completa na região, com paradas para tirar fotos, e, só depois, entrar na prisão. Lá, o tour é bem rápido, mas dá para ter uma noção de como tudo foi horrível, além de ver a cela do Mandela. Na volta, sobrou mais um tempinho para fazer compras.

Dia 10 – Último dia

Ai gente, já acordei triste nesse dia. Mas deixamos o último dia livre e ficamos praticamente o tempo todo no Victoria Wharf, o shopping que contei para vocês. Ele fica na região do Waterfront, um complexo com muitos restaurantes e lojinhas. Lá, tem H&M, Michael Kors, Pandora, Zara, Topshop e outras redes maravilhosas. O preço é mara, mas eu gosto de coisa estampada, então achei tudo muito liso por lá haha… Mas enfim, recomendo demais passar nesse shopping e torrar Rands, além de dar uma voltinha na roda gigante que tem na mesma região.

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Espero que vocês tenham gostado do meu roteiro. A África do Sul é um país lindo demais e eu acabei deixando algumas coisas de fora nesta viagem por causa do tempo que eu tinha, mas já estou me programando para voltar daqui uns anos… Quem sabe?

E aí, o que acharam? Quem tiver dúvidas, é só deixar aqui nos comentários que eu respondo com o maior prazer!

Um beijo e até o próximo post!

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