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[Resenha] Quero Ser Vintage – Lindsey Leavitt

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Comprar um livro pela capa e pela sinopse pode ser arriscado, mas pode trazer boas surpresas. Foi assim com o fofíssimo Quero Ser Vintage, escrito por Lindsey Leavitt. Normalmente, sou fiel a um grupo seleto de autores e quase não olho os títulos que são lançados além dos deles. Certo dia, estava passeando pela livraria, quando esta obra me chamou a atenção. Achei a capa bonitinha e o título curioso. Aí li a sinopse e descobri que falava sobre uma garota que ama fazer listas e que decidiu fingir que estava vivendo nos anos 60. Mais ou menos como eu: faço listas sobre qualquer assunto e queria muito ter vivido nos anos 60. Ou seja, comprei na hora.

Fazia alguns meses que o livro estava na minha pilha de histórias para ler. É que outros foram lançados e eu resolvi deixar ele pouquinho de lado. Na verdade, estava certa de que seria algo meia boca. Então fiquei com um tempo livre e decidi que era hora de dar uma chance. Depois de terminar, fico extremamente feliz por ter comprado este livro de forma aleatória porque com certeza foi um dos melhores que li neste ano.

Mallory, a protagonista, é uma adolescente muito bem-humorada que descobre que está sendo traída virtualmente pelo namorado. Traumatizada com a situação, ela decide viver como sua avó quando ela tinha 16 anos. Ou seja, sem celular, tecnologia, internet e por aí vai. Uma típica garota de 1962. O começo parece difícil, mas, aos poucos, Mallory consegue alcançar seu objetivo.

Segundo colegial. Resoluções de volta às aulas:

1. Concorrer para secretária do grupo de motivação.

2. Fazer um jantar/coquetel chique.

3. Costurar um vestido para o baile.

4. Encontrar um namorado.

5. Fazer algo perigoso.”

Mallory decide seguir todos os itens da lista acima, escrita por sua avó, e se depara com alguns obstáculos. Falar no celular é muito mais prático do que falar no telefone com fio. Fazer um trabalho escolar com pesquisas em sites é mais fácil do que depender de mil livros enormes. E tentar se manter offline das redes sociais é uma missão praticamente impossível.

O que mais me fez gostar do livro é que a Mallory é uma garota muito fofa. Ela é tão gente como a gente e me fez ter boas recordações dos meus tempos de escola. Amei também a irmã dela, Ginnie, que é aquela personagem secundária com humor sarcástico que conquista todos os leitores. A confusão da família dela, especialmente no capítulo em que estão na Disneylândia, quase me fez chorar de tanto rir. E claro, o Oliver, o mocinho esquisitão que ganha nossos corações com uma rapidez incrível.

A música não cessa para assinalar minha chegada. Estou no meu baile de segundo ano sozinha. Sozinha. Desacompanhada. Sem ninguém. E a parte mais surpreendente? Está tudo bem.”

Quero Ser Vintage fala muito sobre a independência da mulher e as mudanças que nós conquistamos ao longo das últimas décadas. Fala também sobre o primeiro amor e os dilemas familiares, que são os mesmos em quase todas as casas. Essa fórmula gostosa faz com que a gente se identifique de cara.

É uma história fácil de ser lida? Sim, é e não traz nada de novo. Senti falta de alguns diálogos mais profundos, principalmente na parte do coquetel, que não é descrito quando está acontecendo, e de alguns outros segredos que são revelados no decorrer da narrativa. Mas é tudo tão gostoso, informal e prático que a gente se apega. É quase como se a Mallory fosse nossa melhor amiga ou (no meu caso) uma irmã mais nova.

Indico para todo mundo que esteja em busca de algo leve e divertido para ler. E já peço encarecidamente para a Lindsey publicar mais livros no Brasil. Sim, ela já entrou para o meu seleto grupo de autores preferidos.

Avaliação: ♥♥♥♥♥

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